terça-feira, 22 de setembro de 2015

Showrooming: como as estratégias omnichannel estão mudando hábitos de compra


Showrooming é uma palavra que daria arrepios a qualquer varejista. O termo define o comportamento de compras no qual o consumidor entra em uma loja física para experimentar, testar e tirar dúvidas sobre um produto antes de comprá-lo em uma loja online, que nem sempre é a mesma loja onde foi feita a visita.




Segundo um estudo desenvolvido pela IBM em 2013 analisando os hábitos de compra de 30 mil consumidores globais, quase 50% de todas as compras online são feitas por consumidores seguindo algum tipo de showrooming. Um ano depois, os novos resultados da mesma pesquisa revelaram uma mudança inesperada: apesar do aumento de compras online, apenas cerca de 30% dessas compras realmente foram resultado de showrooming.


A grande questão era: como poderia o comportamento do consumidor mudar tão drasticamente em um ano? Na verdade, ele não mudou completamente. Um novo cenário havia sido criado. O consumidor ainda ia até as lojas físicas com o intuito de fazer o showrooming, mas agora se deparava com uma nova experiência. Os varejistas se tornaram mais cientes da abordagem “omnichannel” para o varejo, e passaram a criar uma experiência online e offline completa para os clientes.


A “omniloja” possui quatro pilares estratégicos:


Atendimento customizado
O atendimento é provavelmente o maior diferencial da loja física. O contato visual, a leitura expressiva e a percepção de sentimentos são situações que só podem ser desenvolvidas no atendimento presencial, por isso o atendimento deve focar no lado mais humano e pessoal. É preciso entender a pessoa e reagir às suas necessidades, muito mais do que marketear os atributos de um produto. Mas para atender a demanda, o atendimento precisa ter acesso fácil e rápido ao catálogo de serviços ou produtos, dessa forma é possível encontrar a melhor opção para cada cliente com precisão a agilidade.


Plataforma tecnológica
Com a transmissão de informações, como histórico de compras, preferências e outros dados digitais, para a loja física, o varejista passa a ter uma visão mais integrada e personalizada do cliente, o que ajuda a valorizar o atendimento individualizado. Ao entrar na loja física, o cliente pode ser identificado por meio do seu smartphone: beacons utilizam o sistema de proximidade em ambientes fechados para enviar mensagens com ofertas e promoções de acordo com o comportamento do cliente na loja.


Design
Um novo design pensado para um novo consumidor ajuda a criar um ambiente que envolva experiência e conveniência como elementos visuais integrados à comunicação digital. Ofereça um espaço mais interativo, dinâmico e ao mesmo tempo simplificado, que facilite as decisões de compra. Uma comunicação mais direta permite um aprofundamento gradativo de acordo com o interesse do consumidor.


Sistema de monitoramento
Por fim, é importante monitorar, mensurar e acompanhar os resultados integrados da experiência física e digital. Com um sistema simples e acessível de monitoramento é possível analisar de forma individual comportamentos e reações dos consumidores. Essas informações proporcionam uma análise preditiva que permite corrigir, melhorar e ampliar a experiência futura do consumidor e, como consequência, os resultados da loja.


Com a aplicação das ferramentas tecnológicas adequadas e de estratégias omnichannel, o showrooming deixa de ser um problema e se torna uma oportunidade. A experiência física passa a ser uma forma de fortalecimento da marca, enquanto a compra migra para o ambiente online, no qual o varejista pode oferecer uma “prateleira infinita” que atende completamente a demanda do consumidor.

Fonte: SAP News Brasil

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Vale do Silício brasileiro: três cidades que incentivam iniciativas tecnológicas

O ecossistema de inovação e empreendedorismo da América Latina está em ascensão. Devido aos últimos anos de crescimento da economia brasileira – e apesar da atual instabilidade – muitos investidores do Vale do Silício (EUA) têm investido no Brasil e em toda a América Latina.


Em toda sua vasta extensão geográfica, o Brasil tem abrigado cada vez mais centros tecnológicos, incubadoras e institutos de pesquisas. Entre diversas cidades, três delas estão sendo consideradas o “Vale do Silício brasileiro”, devido às suas iniciativas de incentivo à inovação tecnológica: Campinas, no estado de São Paulo, Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.


Campinas

Muitas vezes referida como o Vale do Silício no Brasil, a cidade conta com muitos institutos de pesquisa, parques tecnológicos e incubadoras. Além disso, mais de 30 das 100 maiores empresas de tecnologia do mundo estão localizadas em Campinas.

A cidade também abriga o CPqD. Criado em 1976 como Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás, era uma empresa estatal que detinha o monopólio dos serviços públicos de telecomunicações no Brasil. Em 1998, após a privatização da Telebrás, o CPqD tornou-se uma fundação de direito privado, ampliando seu escopo e a abrangência do mercado.


Santa Rita do Sapucaí

Atualmente a cidade é considerada um dos principais polos da indústria eletrônica no Brasil. A história tecnológica da cidade teve inicio em 1959, com a criação do primeiro instituto de ensino técnico de eletrônica na América Latina. Santa Rita do Sapucaí abriga hoje mais de 150 empresas, que empregam cerca de 14 mil funcionários alojados na cidade e nos arredores.

Santa Rita do Sapucaí tem uma forte cultura de empreendedorismo, incentivada desde cedo nas escolas e que resulta na criação anual de vários projetos de incubação. Em 2014, a indústria local obteve uma receita de R$3 bilhões gerados pelos produtos fabricados em diversos segmentos da indústria de tecnologia.


Porto Alegre

No sul do país, a capital do Rio Grande do Sul está ganhando destaque na indústria tecnológica. O TECNOPUC, Parque Científico e Tecnológico da PUCRS lançou recentemente uma nova iniciativa: o Startup Garagem. O projeto tem o objetivo de auxiliar empresários a transformar boas ideias em negócios de sucesso. No segundo semestre de 2014, a primeira execução do programa de modelagem de negócios obteve-se um total de 45 participantes, entre professores, alunos e técnicos científicos.

8 de Setembro de 2015 | Blog | por Raquel Casciato